Definição:
Segundo
especialistas, o ADL ocorre quando o desenvolvimento se processa segundo os
parâmetros considerados normais, mas numa fase posterior à que seria de
esperar para a faixa etária em que a criança se encontra. Assim, um ADL
define-se por um atraso geral nas componentes da linguagem em relação a outras
competências e é a dificuldade mais comum na idade pré-escolar. A criança
manifesta a permanência de padrões linguísticos correspondentes a idades
cronológicas anteriores (dificuldade em adquirir capacidades linguísticas
adequadas para a idade), começando a falar mais tarde e a seguir as etapas de
desenvolvimento da linguagem de uma forma mais lenta.
(Retirada da Inernet) |
Causas:
Segundo a literatura
existente, o desenvolvimento da linguagem é afetado por diversos fatores, entre
os quais:
- Desvios no organismo que afetam a globalidade da criança, como por exemplo, perturbações neurológicas, incapacidades motoras (podem condicionar a exploração do meio tal como a qualidade comunicativa) e doenças recorrentes (doenças graves que debilitam a criança tornando-a menos responsiva, pois o internamento hospitalar influência seriamente a exploração que a criança realiza no meio, assim como a estimulação que recebe dele; no caso de doenças menores, como por exemplo otites podem comprometer a audição da criança e consequentemente a sua perceção e produção do discurso).
- Desvios no organismo que afetam a forma como a criança processa o seu estímulo linguístico, tal como a surdez e a cegueira, que privam a criança de várias experiências importantes para o desenvolvimento cognitivo e da linguagem.
- Desvios no ambiente que afetam a quantidade e qualidade do estímulo linguístico que as crianças recebem, estes englobam a privação emocional e a falta de estimulação. A falta de afeto e uma má relação entre a criança e os pais, influenciam o desenvolvimento das competências sociais e comunicativas, bem como a noção de segurança que a criança necessita para explorar o meio, pois esta precisa de um adulto que brinque e fale com ela e que lhe proporcione novas experiências.
Bibliografia:
- Cooke, J. e Williams, D. (2006). Working with children’s language. United Kingdom: Speechmark;
- Fogle, P. (2007). Foundations of Communication Sciences & Disorders. Clifton Park: Thomson Delmar Learning;
- Peixoto, V. (2007). Perturbações da Comunicação: a importância da detecção precoce. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa;
- Rigolet, S. (2000). Os três P – Precoce, Progressivo, Positivo: Comunicação e linguagem para uma plena expressão. Porto: Porto Editora.
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