30/03/2014

Novidades para breve :)

Queremos continuar a contribuir para melhorar o mundo da terapia da fala. Deste modo, anunciamos que em breve vamos começar a viajar pelos gabinetes de todo o Portugal contribuindo com novas atividades para alegrar o dia-a-dia dos nossos pacientes.
Para este novo desafio contamos também com a terapeuta Mónica Gomes.
Fiquem atentos às novidades!


26/03/2014

Quer saber mais sobre AUTISMO?

As Perturbações do Espetro do Autismo (PEA) dizem respeito a um espetro de alterações neurodesenvolvimentais, que apresentam como características principais dificuldades na interação social e na comunicação verbal e não-verbal, sendo também evidentes padrões de comportamentos restritivos e repetitivos.

As pessoas com PEA apresentam dificuldades em três domínios: comunicação, interação social e imaginação.

(Imagem retirada da Internet)
Algumas caraterísticas observáveis em crianças com PEA:
  • Défice acentuado e persistente na comunicação, que atinge as aptidões verbais e não-verbais;
  • Alteração ao nível da atenção compartilhada, bem como ao nível da compreensão de intenções comunicativas e da imitação;
  • Presença de formas restritas para indicarem as suas necessidades e desejos, o que reduz a sua eficácia comunicativa, quando comparadas com os pares;
  • Dificuldades ao nível do apontar proto declarativo;
  •  Presença do apontar proto imperativo, principalmente em crianças mais velhas;
  • Dificuldade em iniciar e manter uma conversação, bem como em manter um tópico e respeitar as regras da mesma;
  • Falha nas competências sociais, que faz com que as crianças com PEA não interajam com os pares, embora demonstrem vontade de serem aceites e de participarem nas brincadeiras;
  • Uso repetitivo e estereotipado da linguagem com recurso a estruturas gramaticais rudimentares, bem como o uso de uma linguagem idiossincrática e metafórica;
  •  A nível da pragmática, verifica-se a incapacidade para integrar palavras e gestos, ou para compreender os aspetos humorísticos ou não literais do discurso
  • Dificuldades no jogo imaginativo e espontâneo, ou jogo simbólico ou funcional, adequado ao nível de desenvolvimento da criança;
  • Boas competências ao nível do jogo construtivo, ao invés do jogo simbólico, quando comparadas com crianças com desenvolvimento normativo ou com Atraso no Desenvolvimento da Linguagem;
  • A fala de algumas destas crianças poderá ser, por vezes, caraterizada por uma qualidade monótona, com pouca variação de prosódia, intensidade e possíveis alterações no ritmo. Estas alterações devem-se à dificuldade que têm em compreender e utilizar adequadamente os aspetos suprassegmentais da fala.


A intervenção do terapeuta da fala junto das crianças com PEA, vai desde a avaliação e à intervenção nas alterações da comunicação, linguagem e fala. No entanto, dado que as principais dificuldades de crianças com PEA incidem na aquisição de competências básicas para a comunicação e o seu uso em contextos sociais, a intervenção deve promover o uso de uma comunicação funcional nos diferentes contextos.

Bibliografia:

  •  Balestro, J., Souza, A. & Rechia, I. (2009). Terapia fonoaudiológica em três casos do espectro autístico. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 14 (1): 129-135;
  • Lampreia, C. (2004). Os Enfoques Cognitivista e Desenvolvimentista no Autismo: Uma análise Preliminar. Psicologia: Reflexão e Crítica. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; 2004.
  • Mirenda, P. & Iacono, T. (2009). Autism Spectrum Disorders and AAC. Baltimore: Paul H. Brookes Publishing Co;
  • Peixoto, V. & Varela, I. (2009). A eficácia da intervenção em terapia da fala em crianças com PEA. Em: Peixoto, V. & Rocha, J. Metodologias de Intervenção em Terapia da Fala. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa.

21/03/2014

21 de março - Dia Mundial da Síndrome de Down / Trissomia 21

(Imagem retirada da Internet)
Todos nós podemos contribuir para melhorar a qualidade de vida destas pessoas! O modo como encaramos os problemas é que nos torna diferentes!
 
 


13/03/2014

Sabe quais são as modificações causadas pelo envelhecimento que podem afetar a comunicação?

O envelhecimento é um processo inevitável e irreversível que ocorre após a fase de maturidade do indivíduo. Trata-se de um processo de difícil definição e que difere de indivíduo para indivíduo, dependendo de vários fatores e afetando diversas dimensões da vida da pessoa. Este pode ser dividido em:
  • Envelhecimento normal: carateriza-se pelas consequências advindas de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas, bem como de comunicação e linguagem.
  • Envelhecimento patológico: resultada das alterações, que ocorrem no processo de envelhecimento, provocadas por doenças que são mais frequentes em pessoas idosas.

 
(Imagens retiradas da Internet)
Com o avançar da idade poderão ocorrer algumas modificações e/ou dificuldades que podem comprometer a funcionalidade comunicativa do indivíduo, entre as quais:
  • Manutenção da atenção dirigida;
  • Recuperação da informação da memória;
  • Organização do discurso aquando de uma narração, pelo que o idoso tende a utilizar ideias mais ambíguas, diminuindo assim a objetividade da informação central;
  • Compreensão de frases complexas e longas;
  • Presbiacusia (diminuição da acuidade auditiva), o que influencia a compreensão da fala;
  • Presbiopia (diminuição da acuidade visual), a qual condiciona as aptidões para entender a expressão facial, os movimentos dos lábios, reconhecer pessoas, ver televisão, ler e escrever;
  • Presbifonia (alterações a nível vocal), devido a modificações no trato vocal (como, por exemplo, edema, atrofia e modificações nas camadas que constituem as pregas vocais e encerramento glótico incompleto);
  • Redução da capacidade pulmonar, verificando-se tempo de fonação mais curtos, aumento de pausas articulatórias, diminuição da velocidade de fala e da projeção vocal;
  • Imprecisão articulatória, resultante da ausência de dentes e/ou da adaptação incorreta da prótese dentária;
  • Decréscimo na produção de saliva;
  • Diminuição da tonicidade da musculatura orofacial;
  • Fraqueza dos músculos da faringe;
  • Limitação na mobilidade da articulação temporomadibular (ATM);


De realçar que embora sejam observadas mudanças ao longo do processo de envelhecimento, estas podem ou não ser significativas para o indivíduo idoso, mediante as consequências que estas acarretam na vida diária, sendo importante perceber se estas interferem ou não na sua qualidade de vida.

Bibliografia:

  • Brasolotto, A. (2010). Voz e qualidade de vida na terceira idade. Em: F. Fernandes, B. Mendes & A. Navas (2010). Tratado de Fonoaudiologia (709-714). São Paulo: Roca;
  • Calixto, E., & Martins, M. (2011). Os factores bio-psico-sociais na satisfação com a vida de idosos institucionalizados. Revista Transdisciplinar de Gerontologia, 4 (2), 47-61;
  • Correia, F. (2011). Idosos: Manutenção no domicílio e Educação Social. Revista Transdisciplinar de Gerontologia, 4 (2), 16-21;
  • Gutierrez, S., Zanato, L., Pelegrini, P., & Cordeiro, R. (2009). Queixas fonoaudiológicas de idosos residentes em uma instituição de longa permanência. Revista Distúrbios da Comunicação, 21 (1), 21-30;
  • Mac-Kay, A. (2010). Linguagem e gerontologia. Em: F. Fernandes, B. Mendes & A. Navas (2010). Tratado de Fonoaudiologia (386-391). São Paulo: Roca;
  • Menezes, L., & Vicente, L. (2007). Envelhecimento vocal em idosos institucionalizados. CEFAC, 9 (1), 90-98;
  • Russo, I. (2010). Intervenção audiológica no idoso. Em: F. Fernandes, B. Mendes & A. Navas (2010). Tratado de Fonoaudiologia (193-201). São Paulo: Roca;
  • Worral, L., & Hickson, L. (2003). Communication Disability in Aging: From Prevention to Intervention. United Kingdom: Delmar Learning.