30/12/2013

Feliz 2014!

Em 2014, um dos nossos maiores objetivos é conseguir uma oportunidade para exercer funções na área da Terapia da Fala. 

Querem partilhar connosco o vosso maior objetivo para este novo ano?

Votos de um 2014 cheio de sucessos!


Anabela e Vanessa

(Retirada da Internet)

23/12/2013

Feliz Natal!

Votos de um feliz Natal recheado de sorrisos :)
Que seja um momento de partilha, união, paz, amor, amizade e felicidade!

Cumprimentos natalícios e terapêuticos,

Anabela e Vanessa


20/12/2013

Atraso do Desenvolvimento da Linguagem (ADL)

Definição:


Segundo especialistas, o ADL ocorre quando o desenvolvimento se processa segundo os parâmetros considerados normais, mas numa fase posterior à que seria de esperar para a faixa etária em que a criança se encontra. Assim, um ADL define-se por um atraso geral nas componentes da linguagem em relação a outras competências e é a dificuldade mais comum na idade pré-escolar. A criança manifesta a permanência de padrões linguísticos correspondentes a idades cronológicas anteriores (dificuldade em adquirir capacidades linguísticas adequadas para a idade), começando a falar mais tarde e a seguir as etapas de desenvolvimento da linguagem de uma forma mais lenta. 

(Retirada da Inernet)

Causas:

Segundo a literatura existente, o desenvolvimento da linguagem é afetado por diversos fatores, entre os quais:
  •  Desvios no organismo que afetam a globalidade da criança, como por exemplo, perturbações neurológicas, incapacidades motoras (podem condicionar a exploração do meio tal como a qualidade comunicativa) e  doenças recorrentes (doenças graves que debilitam a criança tornando-a menos responsiva, pois o internamento hospitalar influência seriamente a exploração que a criança realiza no meio, assim como a estimulação que recebe dele; no caso de doenças menores, como por exemplo otites podem comprometer a audição da criança e consequentemente a sua perceção e produção do discurso).
  •  Desvios no organismo que afetam a forma como a criança processa o seu estímulo linguístico, tal como a surdez e a cegueira, que privam a criança de várias experiências importantes para o desenvolvimento cognitivo e da linguagem.
  •  Desvios no ambiente que afetam a quantidade e qualidade do estímulo linguístico que as crianças recebem, estes englobam a privação emocional e a falta de estimulação. A falta de afeto e uma má relação entre a criança e os pais, influenciam o desenvolvimento das competências sociais e comunicativas, bem como a noção de segurança que a criança necessita para explorar o meio, pois esta precisa de um adulto que brinque e fale com ela e que lhe proporcione novas experiências.

     Bibliografia:

  •    Cooke, J. e Williams, D. (2006). Working with children’s language. United Kingdom: Speechmark;
  •    Fogle, P. (2007). Foundations of Communication Sciences & Disorders. Clifton Park: Thomson Delmar Learning;
  •    Peixoto, V. (2007). Perturbações da Comunicação: a importância da detecção precoce. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa;
  •     Rigolet, S. (2000). Os três P – Precoce, Progressivo, Positivo: Comunicação e linguagem para uma plena expressão. Porto: Porto Editora.   

19/12/2013

Sabe quais são as diferentes áreas da linguagem?


Áreas da linguagem:



o   A semântica é o estudo do significado das palavras e das suas relações. É uma área que abrange o conteúdo da linguagem e representa o estudo do significado das palavras e combinações das mesmas.
o  A morfologia baseia-se no conhecimento da palavra, dos seus constituintes e das relações existentes entre os mesmos, ou seja, da sua estrutura interna, assim como das relações existentes entre palavras.
o   A sintaxe diz respeito à estrutura da frase, ou seja, à organização das palavras na frase. O conhecimento das regras sintáticas possibilita ao falante a construção e compreensão de um número ilimitado de novas frases.
o   A fonologia é outra área essencial para a avaliação da linguagem, pois permite saber se a criança reconhece e utiliza todos os sons da língua materna. Uma criança com um desenvolvimento fonológico normal aos cinco ou seis anos já aprendeu a produzir a maioria dos sons e sequências de sons da fala.
o   O conjunto de palavras que partilham características morfológicas, sintáticas e/ou semânticas podem ser agrupadas numa mesma categoria, definida como classe de palavras.
o   A pragmática pode ser definida como sendo a aplicação do uso da linguagem com objetivos comunicativos. 

Bibliografia:

  • Acosta, V. M., Moreno, A., Ramos, V., Quintana, A., & Espino, O. (2006). Avaliação da Linguagem Teoria e Prática do Processo de Avaliação do Comportamento Linguístico Infantil. São Paulo: Livraria Santos Editora;
  • Kay, E. e Tavares, M. (2006). Teste de Avaliação da Linguagem na Criança (1ª Ed.). Lisboa: Oficina Didáctica;
  • Owens, R. (2001). Language Development: An introduction (5ª Ed.). New York: Allyn & Bacon;
  • Papalia, D. E., Olds, S. W. & Feldman, R. D. (2001). O Mundo da Criança. Lisboa: McGraw-Hill;
  • Paul. R. (2007). Language Disorders from Infancy through Adolescence: Assessment and intervention. USA: Mosby Elsevier.

12/12/2013

Atividade de Natal

Como estamos na época natalícia gostaríamos de partilhar com vocês este jogo da memória. É uma forma lúdica de trabalhar conceitos referentes ao Natal, com imagens muito apelativas para as crianças.

Aqui fica o link para download: 
http://we.tl/CZP8vNr5oG


Boas aprendizagens! :)

10/12/2013

Quer saber mais sobre gaguez?

“A gaguez é uma manifestação da diversidade humana.”

(Zamora, 2007)


(Retirada da Internet)

Definição:


  • A gaguez pode ser definida como uma alteração na comunicação, sendo caracterizada por interrupções no fluxo da fala, resultando em disfluências. Sendo que o ser Humano constrói a sua realidade de forma simbólica, a gaguez deverá ser considerada como um fenómeno socialmente construído. Deste modo, a maneira como as pessoas que gaguejam lidam com a gaguez e como desenvolvem as suas relações pessoais depende, fortemente do modo como os ouvintes que não gaguejam reagem. Assim, mais do que um conjunto de repetições, prolongamentos e bloqueios, a gaguez está associada a emoções e atitudes muito fortes, como o medo, raiva, vergonha, frustração, entre outros. A gaguez é assim denominada quando acompanhada de sentimentos negativos e comportamentos de evitação. Desta forma, as pessoas que gaguejam poderão estar sujeitas a discriminação, devido às conceções erradas que as pessoas têm sobre a gaguez.
  • A disfluência pode encontrar-se quer na fala de adultos, quer na fala de crianças. Aprender a falar é uma capacidade extremamente complexa pelo que crianças com 2 a 6 anos de idade poderão apresentar uma disfluência normal. Contudo, esta disfluência poderá traduzir-se nos primeiros sinais de gaguez.

Causas:

  •     Fatores fisiológicos: causas genéticas e tensão muscular.
  •     Fatores psicológicos: comportamentos aprendidos e stress.

     No entanto, há autores que defendem que a causa inerente à gaguez se relaciona com a confluência destes dois fatores, denominando-se como causa neuropsicológica.

Características:

  • A gaguez pode ser caracterizada em vários graus de acordo com a idade do indivíduo, quantidade de disfluência e sentimentos despoletados com o próprio discurso. Deste modo, existem quatro tipos de gaguez: boderline, início da gaguez, gaguez intermédia e gaguez avançada.
  • O sujeito que gagueja, por vezes, opta por não falar em vez de ouvir a sua própria gaguez. É comum, as pessoas que gaguejam evitarem situações de maior exposição social. A importância que estes atribuem a determinada circunstância, potencia a frequência da gaguez.
  • As reações dos ouvintes perante uma situação de gaguez têm um papel primordial na formação do auto conceito do gago. Alguns autores referem que o auto conceito do gago pode ser caracterizado por uma imagem estigmatizada do falante, que pode ser construída pelo indivíduo, durante as relações de comunicação em que seu padrão natural de fala não é aceite por parte do ouvinte, ou por parte dele mesmo.
  • O gago cria uma visão da sua fala e de si próprio com sentimentos negativos que o impedem de aceitar a sua condição de disfluência. Assim, torna-se importante o gago aceitar-se tal como é, e saber lidar com a gaguez. Estes tendem a viver em constante ansiedade perante uma ação comunicativa que se torna visível a nível físico pelas tensões. O aspeto emocional (medo, ansiedade, frustração) interfere tanto a nível motor, como se pode verificar, por exemplo, nas alterações de ritmo respiratório; como a nível cognitivo, uma vez quanto maior a emoção do momento, menor a capacidade de racionalizar.

Papel do Terapeuta da Fala:

  • Cada terapeuta da fala poderá guiar a sua intervenção de acordo com várias abordagens, tendo em conta as necessidades do sujeito que gagueja, de modo a potencializar as competências e capacidades do mesmo e minimizar o impacto negativo da sua condição.
  • O objetivo principal desta intervenção deve ser encontrar maneira de eliminar as barreiras sociais criadas pela gaguez, enfatizando as componentes emocionais e interpessoais do sujeito.
  • O terapeuta deve ajudar o indivíduo a identificar conceções distorcidas e expectativas irrealistas subjacentes à sua situação e ao seu comportamento.
  • A intervenção do terapeuta da fala com um indivíduo com gaguez incide principalmente ao nível da redução do medo de falar. Grande parte da terapia preocupa-se em tentar eliminar o comportamento de evitamento associado ao medo de falar, tentando arranjar estratégias para que o indivíduo deixe de evitar determinadas situações que costuma evitar, adotando atitudes positivas perante a fala.
  • O papel do terapeuta passa por ajudar a pessoa com gaguez a autogerir a sua situação e a desenvolver novas formas de se ver a si próprio.
  • O terapeuta deve reconhecer que, com a direção, o aconselhamento e a informação apropriados, a pessoa deve ser capaz de assumir a liderança no seu processo de mudança.

Bibliografia:
  • Conture, E. & Yaruss, J. (2011). Treatment Efficacy Summary – Stuttering. New York: American Speech- Language- Hearing Association;
  • Gabel, M.R., Hughes, S. & Daniels, D. (2008). Effects of stuttering severity and therapy involvement on role entrapment of people who stutter. Journal of Communication Disorders, 41 (1), 146-158;
  • Guitar, B. (1998). Stuttering – An Integrated Approach to its Nature and Treatment (2ª Ed.). Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins;
  • Haley, J.T. (2009). Stuttering, emotional expression, and masculinity: fighting out words, fighting back tears. Dissertação de Mestrado - University of Iowa. Acedido em 10 de dezembro de 2013, em: http://ir.uiowa.edu/etd/239;
  • Hunsaker, S. (2011).  The Social Effects of Stuttering in Adolescents and Young Adults. Southern Illinois University Carbondale: Research Papers. Acedido em 9 de dezembro de 2013, em: http://opensiuc.lib.siu.edu/gs_rp/70;
  • Manning, W. (2001). Clinical Decision Making in Fluency Disorders. (2ª Ed.). Canda: Singular Thomson Learning;
  • Oliveira, C., Yasunaga, C., Sebastião, L. & Nascimento, E. (2010). Orientação familiar e seus efeitos na gagueira. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 15 (1): 115-24;
  • Pereira, A. & Corsini, A. (1997). A gagueira e seus aspectos vocais. Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica: Educational Leadershipand. Acedido em 9 de dezembro de 2013, em http://www.cefac.br/library/teses/18d8e19778b02c2fb09038ea24c2f591.pdf;
  • Raming, P., & Dodge, D., (2005). The child and adolescent stuttering treatment and activity: resource Guide. New York : Thomson Delmar Learning;
  • Ruiz, A. S. (2005). Manual Prático de Tartamudez. Madrid: Editorial Sintesis;
  • Silverman, F. (2004). Stuttering and other fluency disorders (3ª Ed.). USA: Waveland press;
  • Zamora, C. (2007). Antropologia de la tartamudez. Barcelona: Bellaterra.


09/12/2013

O que é a apraxia?

A apraxia carateriza-se por uma alteração da programação motora voluntária, decorrente de uma lesão/disfunção neurológica. Esta lesão/disfunção pode acometer a região frontal, parietal anterior e temporal (gyrus temporal superior e ínsula), bem como os gânglios da base. A apraxia não pode ser justificada por alteração miotónica, sensorial ou de compreensão.
(Retirada da Internet)

O Terapeuta da Fala intervém em:

Apraxia Bucofacial

Apraxia do Discurso

Apraxia do desenvolvimento (CAS)
- Apraxia não-verbal;
- Dificuldade no planeamento e programação de movimentos não verbais;
- Mantém movimentos automáticos (apagar a vela);
- Pode coexistir com apraxia do discurso, disartria e afasia;
- Parte constituinte da apraxia ideomotora.
- Dificuldade na programação de actos voluntários para a fala;
- Movimentos automáticos estão bem;
- Músculos têm função normal;
- Alterações evidentes na articulação e prosódia;
- Pode coexistir com apraxia bucofacial, disartria e afasia;
Caracteristicas especificas:
- Erros inconsistentes;
- Substituições, omissões, adições, distorções e repetições;
- Aproximação do som alvo;
- Complexificação das palavras;
- + dificuldade em consoantes iniciais;
- + dificuldade em grupos consonânticos;
- + dificuldade em polissílabos;
- Prolongamento de consoantes e vogais;
- + dificuldade em sons menos frequentes;
- Performance não melhora com repetição;
- - débito;
- Palavras e sílabas acentuadas de forma igual;
- Pode ocorrer perseveração;
- Esforço na procura de posturas articulatórias;
- Sem disfagia;
- Compreensão óptima.

- Resulta em erros articulatórios de produção e prosódia;
- Pode evidenciar problemas comportamentais;
- Recurso a ‘familiar-intérprete’;
- Problemas no desenvolvimento do processamento auditivo, na componente fonológica e linguística;
- Balbucio quase inexistente;
- Imitação reduzida;
- Uso de gestos, apontar e mímica para comunicar;
- Movimentos descoordenados na procura de postura articulatória;
- Dificuldade na diadococinésia;
- Omissões frequentes;
- Ritmo lento, pausas entre palavras e sílabas, prolongamento dos sons;
- Ressonância nasal variável;
- Inteligibilidade muito prejudicada;
- Dificuldades fonológicas;
- Pode apresentar apraxia bucofacial.




































Bibliografia:
  • Freed, D. (2000). Motor Speech Disorders: Diagnosis and Treatment. Canada:  Singular Thomson Learning;
  • Ortiz, K. (2006). Distúrbios Neurológicos Adquiridos: fala e deglutição. Tamboré: Manole;
  • Ortiz, K. (2000). Distúrbios Neurológicos Adquiridos: linguagem e cognição. São Paulo: Editora Manole.